Número de casos de dengue no Rio de Janeiro é seis vezes acima do esperado para a época do ano

O Rio de Janeiro está enfrentando uma grave situação de surto de dengue, de acordo com o boletim semanal Panorama da Dengue divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). O estado registrou um número alarmante de casos prováveis de dengue, seis vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, de acordo com a série histórica dos últimos dez anos.

Além disso, foram confirmados quatro óbitos em decorrência da doença, sendo dois na capital, um em Mangaratiba e um em Itatiaia. A análise do boletim revelou que a tendência de aumento na transmissão de casos se mantém pela nona semana consecutiva. Desde o início do ano, foram registrados 41.252 casos de dengue em todo o estado, equivalente a 80% dos casos notificados em todo o ano de 2023, quando o Rio de Janeiro teve 51.479 casos da doença.

O boletim, elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ, utiliza um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como nowcasting, que leva em conta o atraso na inserção de dados no sistema de vigilância. De acordo com esse modelo, a secretaria estima que mais de 25 mil novos casos devem ser registrados para o período. Isso significa que cerca de 19 mil registros ainda devem entrar no sistema.

O indicador Excesso de Casos (EC), que mostra quantas vezes o número de casos registrados excede o limite máximo considerado dentro do esperado para o momento atual, revelou que as regiões Metropolitana I, Baixada Fluminense e Serrana são as que apresentam o maior excesso de casos. A secretária de estado de Saúde, Claudia Mello, ressaltou a importância do apoio aos 92 municípios do estado, oferecendo treinamento de profissionais, envio de insumos, equipamentos e medicamentos para montagem de salas de hidratação, entre outras ações.

Por fim, Claudia destacou a importância da colaboração da população para controlar e eliminar focos de dengue dentro de casa, onde ficam 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. A situação demanda ações urgentes e a união de esforços para conter a propagação da doença e proteger a população do Rio de Janeiro.

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