O programa também prevê que os militares terão a função de monitorar e disciplinar o comportamento dos alunos no ambiente escolar, além de hastear a bandeira durante a execução do Hino Nacional. A vestimenta, corte de cabelo e formação de fila pela manhã, são algumas das características que serão padronizadas nas escolas cívico-militares.
No entanto, o programa enfrenta resistência por parte de alguns deputados, como a deputada Professora Bebel (PT), que preside a Comissão de Educação e Cultura da Alesp. Ela é crítica ao modelo, afirmando que a escola cívico-militar é invasiva aos alunos e vai contra o que determina a Constituição. Bebel ainda destaca que a escola cívico-militar custará muito caro, o que desviará o foco de outras necessidades na área da educação.
A implementação das escolas cívico-militares vem sendo pauta política desde o governo de Jair Bolsonaro. Após a extinção do programa federal de fomento ao modelo no governo de Lula, Tarcísio de Freitas anunciou a intenção de expandir o programa no estado de São Paulo.
Atualmente, o estado de São Paulo conta com apenas uma escola estadual que funciona no modelo cívico-militar, a Marechal do Ar Eduardo Gomes, em Guarujá. Além disso, os governos do Distrito Federal e do Paraná também anunciaram a manutenção do programa.
A proposta de implementação das escolas cívico-militares em São Paulo ainda está em fase de discussão entre a Secretaria da Educação, Casa Civil e deputados da base governista. Dentre as propostas em discussão está a definição do raio de distância máximo entre uma escola cívico-militar e outra tradicional, para que pais e responsáveis possam escolher onde matricular o aluno.
Portanto, a implementação das escolas cívico-militares em São Paulo tem gerado debate e polarização entre os políticos e especialistas em educação, gerando questionamentos sobre a eficácia do modelo e seus impactos na qualidade do ensino público.