Esse cenário é ainda mais preocupante diante do recorde de estupros e feminicídios registrados pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo ao longo do ano, com dados mostrando uma escalada preocupante da violência contra as mulheres. Fiorilo, opositor do governo, afirmou que a execução orçamentária de Tarcísio mostra que ele não olhou para os mais vulneráveis, abandonou os que mais precisam e investiu em outras áreas.
No entanto, não é somente na área de atendimento às mulheres que o governo é alvo de críticas. O programa de câmeras da PM teve apenas 63% da verba executada, com o governador chegando a prometer o fim do uso dessas câmeras nos uniformes dos policiais durante a campanha eleitoral. Além disso, os investimentos estipulados para ações de infraestrutura hídrica e combate a enchentes também não foram cumpridos, com apenas 45% da verba total empenhada.
No âmbito social, o programa Recomeço teve 74% da verba executada, enquanto o Bolsa do Povo, principal programa social do governo, teve a verba descontinuada. Apenas 40% do que era esperado para esse programa foi gasto, mostrando uma negligência preocupante em relação às políticas sociais.
Apesar das críticas, a assessoria do governo afirma ter investido 80% do Orçamento no enfrentamento às enchentes e atraído R$ 250 bilhões em investimentos privados. No entanto, a falta de investimento em áreas cruciais como segurança das mulheres, segurança pública e políticas sociais deixa evidente a necessidade de uma revisão nas prioridades e ações do governo Tarcísio de Freitas.