Construtora entrega planos de reparo, mas moradores continuam sem solução para prédio esvaziado em Praia Grande.

A construtora responsável pelo prédio esvaziado por problemas estruturais em Praia Grande, na Baixada Santista, entregou nesta sexta-feira (16) planos de reparo e recuperação definitiva pedidos pela prefeitura. A estrutura do edifício Giovanni Sarane Galavoti, localizado na avenida Jorge Hagge, número 80, no bairro Aviação, sofreu danos e teve que ser interditada. Os moradores, que foram evacuados, continuam sem ter uma solução para o problema.

De acordo com a empresa, os projetos solicitados foram entregues e estão aguardando a autorização para o início dos trabalhos. A construtora também informou que muitas famílias foram acomodadas na cidade e que para outras, que possuem animais de estimação, foi oferecido um auxílio financeiro, mediante reembolso de despesas habitacionais e alimentação.

No entanto, a aposentada Iracema Vieira da Silva, de 71 anos, que mora sozinha no 18º andar do prédio, lamentou o fato de ainda não ter autorização para pegar seus pertences. Ela também relatou que enfrenta agravantes por estar em tratamento contra um câncer e ter deixado para trás os medicamentos para quimioterapia domiciliar e os pedidos médicos de exames.

A Prefeitura de Praia Grande anunciou que está mantida a interdição total do condomínio e que mais de 2.000 escoras metálicas estão sendo usadas de forma emergencial para reduzir a carga estrutural dos pilares que sofreram abalo. Paralelamente, a Secretaria de Urbanismo e a Defesa Civil iniciaram as análises do plano emergencial de escoramento, do projeto de recuperação definitiva das estruturas danificadas e do laudo de condição estrutural da obra, documentos que foram protocolados pela construtora nesta sexta-feira.

Diante da angústia pela indefinição, os moradores manifestaram o desejo de contratar um engenheiro civil independente para acompanhar de perto as obras e dar sua própria conclusão. Enquanto isso, eles enfrentam dificuldades, como no caso de Pedro Oliveira, que relatou que a sua filha teve que ir para a escola com roupas diferentes por estar sem uniforme.

A presença de um engenheiro químico solicitado pela Polícia Científica também gerou preocupações e os moradores decidiram se unir para contratar um especialista para acompanhar de perto todas as atividades que envolvem a estrutura do prédio.

A situação dos moradores e a incerteza sobre a solução para o problema estrutural do edifício em Praia Grande continuam a causar angústia e mobilização por parte dos envolvidos.

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