A operação que resultou na prisão do traficante ocorreu após um trabalho de inteligência e foi realizada na região da Chiquitanía da Bolívia, uma área de selva no departamento de Santa Cruz. Durante a captura, houve uma troca de tiros entre o grupo de traficantes e os policiais, porém, não houve registro de feridos ou mortos. Além de Máximo da Fonseca, mais seis pessoas, sendo três bolivianos, dois brasileiros e um albanês, também foram detidas.
Del Castillo explicou que a polícia desarticulou uma quadrilha de traficantes ligada a envios de cocaína para a Europa. O grupo está vinculado a dois carregamentos de drogas apreendidos na Bolívia e no Peru, totalizando 8,7 toneladas de cocaína apreendidas na Bolívia e 7,2 toneladas no Peru, ambas escondidas de forma semelhante em placas de madeira.
A Bolívia é considerada o terceiro maior produtor mundial de cocaína, depois da Colômbia e do Peru, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas). O país compartilha com o Brasil uma fronteira de 3.423 quilômetros, e existem áreas onde ocorre o tráfico de substâncias controladas. Segundo La Paz, máfias na Bolívia processam coca boliviana e peruana em cocaína para exportação por diferentes rotas através do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
Lourival Máximo da Fonseca, também conhecido como Tião, teve sua prisão decretada no Brasil e sua captura na Bolívia representa um importante golpe no combate ao tráfico de drogas na região. Sua imediata entrega às autoridades brasileiras foi anunciada pelo governo boliviano, fortalecendo a cooperação no combate ao crime transnacional. Conforme a polícia boliviana, as investigações sobre a quadrilha de traficantes continuam em andamento.