De acordo com o projeto, o trem partirá da estação Barra Funda, em São Paulo, e chegará a Campinas em apenas 64 minutos. Com isso, o TIC é destaque não apenas regionalmente, mas também nacionalmente. Comparado a outros trajetos de trem no Brasil, como o que liga Curitiba a Morretes, no Paraná, o TIC se sobressai pela sua velocidade e eficiência. Enquanto o trajeto paranaense é percorrido a uma média de 25 km/h em cerca de quatro horas, o TIC promete revolucionar o transporte ferroviário no país.
Além disso, o modelo de trem intercidades não é novo, sendo conhecido em outras partes do mundo. Trajetos como o de Londres a Birmingham, na Inglaterra, e Lisboa a Porto, em Portugal, têm trechos similares, porém, o TIC São Paulo-Campinas promete superar a velocidade média alcançada nestes trajetos.
Em termos técnicos, o TIC será o primeiro trem de média velocidade do Brasil a operar a uma velocidade máxima de 140 km/h. O projeto todo faz parte do plano de investimento de mais de R$ 90 bilhões em mobilidade urbana no Estado de São Paulo.
Além do TIC São Paulo-Campinas, o estado também contará com o TIM (Trem Intermetropolitano) que ligará Jundiaí a Campinas. Esse trajeto possui 44 quilômetros e será percorrido em cinco estações. A expectativa é que as obras dos três serviços, incluindo a requalificação da linha 7-rubi da CPTM, entre as estações Jundiaí e Palmeiras Barra-Funda, sejam concluídas até 2031, com investimentos de R$ 13,5 bilhões. A concessão do TIC será feita no modelo público-privado a partir de um leilão previsto para o próximo dia 29.
Com isso, o trem que ligará São Paulo a Campinas promete revolucionar o transporte ferroviário, trazendo inovação e eficiência para os deslocamentos entre as duas cidades. Todo o conjunto de intervenções vai demandar investimentos oriundos de uma parceria entre o Governo do Estado de São Paulo e a empresa vencedora do leilão.