Um fator preocupante é a resistência de algumas pessoas em receber a vacina, motivada pelo negacionismo e pela desinformação disseminada em grupos e redes sociais. A infectologista Elaine Matsuda destaca que ainda há quem não se imunize por não confiar em vacinas, o que pode contribuir para a alta de casos. Ela reforça a importância de conscientizar a população sobre a eficácia e segurança das vacinas, mesmo diante da diminuição do número de óbitos.
Outro fator que pode influenciar a menor procura pela vacinação é a sensação de que há menos mortes pela doença e, consequentemente, menos urgência em se imunizar. No entanto, é fundamental alertar que a imunidade adquirida, seja pela covid-19 ou pela vacina, não é permanente, e os estudos mostram que os anticorpos podem decair ao longo do tempo.
Os números informados pelas prefeituras do ABC são diferentes dos dados disponibilizados pelo Estado, mas todos indicam um crescimento nos casos de covid-19. Diadema relatou um aumento progressivo dos casos, que saltaram de 74 em dezembro de 2023 para 275 nas últimas cinco semanas epidemiológicas. A cidade destaca a importância da vacinação, que está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde.
Em São Caetano, a média de vacinação semanal é de 570 pessoas, e a prefeitura estipulou uma meta de 90% de cobertura vacinal, com 93,2% já alcançados. Já em Mauá, que não respondeu aos questionamentos, o governo do Estado indica 39.232 casos confirmados e 1.715 óbitos.
Em meio à divergência de números e ao aumento dos casos, a conscientização sobre a importância da vacinação e a continuidade dos cuidados preventivos são essenciais para conter o avanço da pandemia. A população precisa se manter atenta e buscar a imunização, mesmo diante da redução dos casos, para garantir a proteção de todos.
