Carlos Luis Vieira Pires é agente federal de execução penal desde 2006 e ocupou o cargo de diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas de janeiro de 2019 a abril de 2023. Posteriormente, ele passou a ser responsável pela coordenação-geral de Classificação e Remoção de Presos, em Brasília, a partir de maio de 2023.
A nomeação ocorre em substituição a Humberto Gleydson Fontinele Alencar, afastado do cargo após dois presos escaparem da Penitenciária Federal em Mossoró na quarta-feira (14). Esta foi a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal, coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Brasil possui cinco penitenciárias federais em funcionamento, todas classificadas como presídios de segurança máxima. Cada unidade dispõe de um sistema de vigilância avançado, incluindo captação de som ambiente e monitoramento de vídeo, que é replicado em tempo real para a sede da Senappen, em Brasília.
Além da nomeação de Pires, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a revisão de protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais em atividade, localizadas em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho e Brasília.
No mesmo dia da fuga, seis servidores do ministério viajaram para Mossoró para acompanhar as buscas aos fugitivos, coordenados pelo secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia. A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e eventuais responsabilidades pela fuga, contando com o apoio de policiais federais, rodoviários federais e militares do Rio Grande do Norte.
As buscas pelos fugitivos foram reforçadas com a atuação da Interpol, que incluiu as informações pessoais dos dois fugitivos no Sistema de Difusão Laranja e no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). A vigilância também foi intensificada nas divisas do Rio Grande do Norte com a Paraíba e com o Ceará.