No caso do presídio de segurança máxima em Mossoró, suspeita-se que os presos tenham utilizado materiais de construção para abrir um buraco no teto e escapar. As autoridades ainda estão investigando se houve a participação de agentes penitenciários no auxílio aos fugitivos, mas existe a constatação de que houve falhas na inspeção das celas.
Em novembro de 2001, o Complexo Penitenciário do Carandiru registrou a maior fuga da história, com 108 detentos escapando por meio de túneis subterrâneos. Essa fuga foi precedida por outra em julho do mesmo ano, na qual 106 presos conseguiram fugir utilizando o mesmo método. Entre os fugitivos de novembro estava Alejandro Herbas Camacho Júnior, irmão de Marcos Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder da facção criminosa PCC.
O governo estadual descobriu a existência de 37 túneis ao redor do Carandiru somente entre janeiro e novembro de 2001, demonstrando a extensão do problema e a facilidade com que essas fugas eram planejadas e executadas.
Além dos métodos de fuga por túneis, houve casos de resgate de presos por meio de helicóptero. Em 2002, um helicóptero pousou em um presídio em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, e dois presos condenados por sequestro e assalto embarcaram, escapando dos tiros dos agentes penitenciários.
Explosivos e serrotes também foram utilizados em algumas fugas espetaculares, como o caso da penitenciária de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão, onde 32 presos conseguiram fugir, sendo que dois morreram durante a tentativa de fuga.
Esses eventos demonstram a fragilidade do sistema prisional brasileiro e a necessidade de investimento em segurança, aprimoramento de procedimentos de inspeção e prevenção de fugas. A intensificação dos conflitos entre facções dentro dos presídios também contribui para a instabilidade e insegurança do sistema, evidenciando a urgência de reformas e ações mais efetivas para lidar com a questão prisional no país.