De acordo com o Ministério das Cidades, o foco inicial será na Faixa 1 do MCMV, que atende famílias com renda de até R$ 2,6 mil, com a expectativa de beneficiar aproximadamente 60 mil famílias por ano. A intenção é ampliar o acesso à casa própria em um momento de queda da taxa básica de juros e melhora do mercado de trabalho. No entanto, é importante ressaltar que há riscos envolvidos, principalmente no que diz respeito à possibilidade do trabalhador perder o emprego e acabar comprometendo seu orçamento doméstico ao ter que arcar com parcelas maiores do que o previsto.
É importante considerar que dados do mercado de trabalho apontam para uma rotatividade mais alta de trabalhadores de baixa renda em comparação com outros estratos de renda. O Ministério das Cidades ressaltou que, em caso de demissão, haverá um período de carência de seis meses, no qual o valor relacionado ao “FGTS Futuro” poderá ser incorporado ao saldo devedor do contrato. Após esse período, caso o trabalhador não consiga um novo vínculo empregatício, a prestação do financiamento sofrerá um acréscimo devido à ausência dos depósitos futuros do FGTS.
A Caixa Econômica Federal, responsável pela operação do MCMV, enxerga um potencial significativo para expandir o uso do “FGTS Futuro” para outras faixas do programa, com previsão de aumento de 30% no número de unidades habitacionais financiadas anualmente. O diretor de Habitação do banco, Rodrigo Wermelinger, destacou que há um potencial para financiar 80 mil unidades por ano com esse produto.
Em resumo, a utilização do “FGTS Futuro” para aquisição de imóveis do Minha Casa, Minha Vida pode representar uma oportunidade valiosa para ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda, porém, é essencial que sejam adotadas medidas que minimizem os riscos para os trabalhadores, garantindo a segurança e estabilidade no acesso à casa própria.