Governo brasileiro reitera defesa pelo cessar-fogo e solução de dois Estados em nota de preocupação com operação militar de Israel.

O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressou sua preocupação com o anúncio de uma nova operação militar terrestre na Faixa de Gaza, pelas autoridades israelenses. A manifestação veio por meio de uma nota do Ministério das Relações Exteriores, na qual reitera a defesa pelo cessar-fogo e pela solução de dois Estados.

De acordo com a publicação, as autoridades brasileiras demonstraram grande preocupação com o anúncio de uma nova operação militar terrestre em Gaza, mais especificamente na região de Rafah, na fronteira com o Egito. O governo brasileiro alerta que essa operação, se concretizada, terá graves consequências, incluindo novas vítimas civis e o deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos, uma situação que já vem ocorrendo desde o início do conflito.

Além disso, a nota destacou a situação de 19 cidadãos brasileiros e seus familiares que ainda aguardam para sair da Faixa de Gaza, devido à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Os brasileiros aguardam por repatriação na região sul, próxima à passagem de Rafah, onde Israel realiza operações militares e bombardeios, aumentando os riscos para os civis.

Desde o início do conflito, em outubro de 2023, o governo brasileiro apoiou a retirada de 147 pessoas de Gaza, entre brasileiros, binacionais e seus familiares. No total, incluindo repatriados dos territórios palestinos e de Israel, o governo federal contabilizou a retirada de 1.560 pessoas.

Além da expressão de preocupação com a situação na Faixa de Gaza, o presidente Lula embarca para o continente africano, onde visitará o Egito e a Etiópia. A agenda inclui compromissos no Egito nos dias 14 e 15, além de participação como convidado da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia.

Com todo o contexto e a abordagem da nota do governo brasileiro, o presidente Lula demonstra uma atuação proativa nas negociações diplomáticas relacionadas ao conflito entre Israel e o grupo Hamas, além de reforçar o engajamento do Brasil com a busca por uma solução de dois Estados, com um Estado da Palestina viável em convívio pacífico com Israel.

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