Destaque para Imperatriz Leopoldinense, Beija-Flor e Grande Rio na primeira noite do Carnaval do Rio, com enredos inspirados em obras literárias.

A primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio teve como destaques as escolas de samba Imperatriz Leopoldinense, Beija-Flor e Grande Rio. Os enredos foram inspirados em obras literárias e trouxeram muita luxuosidade, criatividade e emoção para a Marquês de Sapucaí.

A Porto da Pedra, que retornou à elite do samba após 12 anos, abriu a noite com um desfile que exaltou o saber popular da cultura nordestina. Com grandes alegorias e alas repletas de elementos regionais, a escola sofreu com a evolução e um buraco na avenida, além de um acidente com um funcionário na dispersão.

A Beija-Flor de Nilópolis apostou em alegorias e fantasias luxuosas, com destaque para a comissão de frente, que formou um pião humano. No entanto, a escola teve problemas com a quinta alegoria, que travou pouco depois de entrar na avenida.

O Salgueiro trouxe a história do povo yanomami para a Sapucaí, contando com a colaboração de Davi Kopenawa para desenvolver o enredo. Integrantes da escola representaram indígenas que se transformavam em conchas e animais da floresta, em um desfile que homenageou lideranças indígenas e denunciou a destruição da floresta.

A Grande Rio inovou com apagões, fantasias e adereços de cores escuras e muito LED, distribuindo pulseiras luminosas para o público. Com enredo inspirado no livro “Meu Destino É Ser Onça”, a escola levou para a avenida a criação do mundo pelo mito tupinambá, com a atriz Paolla Oliveira se transformando em uma onça.

A Unidos da Tijuca homenageou Portugal, explorando mitos, lendas e símbolos lusitanos, além de personalidades como o escritor José Saramago. Já a atual campeã do Carnaval, a Imperatriz Leopoldinense, inspirou-se na história do povo cigano, com desfile que impressionou ao suspender uma das integrantes a dez metros de altura, representando a Lua.

Com muita criatividade, emoção e beleza, as escolas de samba brilharam na primeira noite de desfiles, levando o público ao delírio e mantendo viva a tradição e a grandiosidade do Carnaval do Rio de Janeiro.

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