Cordistas: os heróis desconhecidos do Carnaval de rua enfrentam desafios e pressão para manter a ordem nas festas

O trabalho dos cordistas no Carnaval de rua é fundamental para manter a ordem e a segurança durante as festividades. São pessoas comuns, contratadas ou amigadas, que assumem a responsabilidade de separar o núcleo do bloco, onde está o trio elétrico ou a banda, do povão. Para realizar esse trabalho, eles precisam de paciência, força e resiliência, já que enfrentam empurrões e xingamentos dos foliões, além de broncas dos organizadores dos eventos.

Durante a cobertura do bloco Espetacular Charanga do França, a reportagem pôde testemunhar a árdua tarefa dos cordistas. Ao lado de outros voluntários, eles formaram uma barreira ao redor dos instrumentistas, tentando evitar tumultos e problemas. Sob a orientação de uma das responsáveis pelo evento, os cordistas tinham que lidar com críticas constantes e pressão para manter a corda no lugar e o ritmo do bloco.

O trabalho dos cordistas requer não apenas preparo físico, mas também habilidades sociais, já que eles precisam lidar com foliões que tentam argumentar para entrar no cordão ou utilizá-lo como meio para atravessar o bloco. Em meio a tantas preocupações e tensões, é praticamente impossível para eles aproveitarem a festa.

A parte mais desafiadora da tarefa dos cordistas ocorre quando o bloco precisa fazer curvas, exigindo estratégias para manter o formato do espaço delimitado. A tensão aumenta, o suor escorre pelo corpo e as advertências atingem o ápice. Em uma dessas situações caóticas, a reportagem se viu obrigada a sair do cordão.

Fica claro que o trabalho dos cordistas é árduo e desgastante, envolvendo não só a parte física, mas também a emocional. Eles desempenham um papel fundamental na organização do Carnaval de rua, garantindo a segurança e o bom andamento dos blocos, mesmo que isso signifique abrir mão de curtir a festa.

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