Fundada como bloco carnavalesco em 2012, a TPM surgiu da ideia de formar um grupo apenas com mulheres para festejar o dia de São Sebastião. Com o tempo, a brincadeira se tornou mais séria e, após muita luta e sacrifício, a agremiação conseguiu se estabelecer e se destacar no cenário do Carnaval carioca.
A presidente, fundadora e carnavalesca da TPM, Bárbara Rigaud, destacou a importância de levar o samba para a avenida e mostrar que as mulheres podem vencer a guerra contra o machismo no Carnaval. Ela ressaltou a luta e o exemplo de mulheres como Dandara Palmares e Tereza de Benguela, que serviram de inspiração para a escola.
A apresentação da TPM no Carnaval de 2023 foi decisiva para a agremiação, que conquistou o terceiro lugar e se classificou para desfilar na Série Bronze do Carnaval de 2024. Agora, o objetivo da escola é chegar à Marquês de Sapucaí, mostrando a força e o empoderamento feminino.
Com a bandeira nas cores azul e branca com fundo em arco-íris, símbolo do movimento LGBT, a TPM representa não apenas uma escola de samba, mas sim um movimento de empoderamento feminino. A diretora de Carnaval, Gisele Rosires, ressalta que a TPM tem como principal objetivo fazer com que as mulheres vençam as batalhas diárias e valorizem seu potencial.
Com 600 mulheres, a agremiação conta com uma estrutura que vai desde a presidência até as alas de compositoras e ritmistas. A exceção são os mestre-salas, de acordo com os regulamentos das ligas. Gisele destaca que a principal dificuldade para a TPM é o preconceito, mas a escola transforma isso em amor, ritmo e na forma de fazer um Carnaval diferenciado.
A diretora também enfatiza que a TPM é um lugar de acolhimento e desenvolvimento, onde as mulheres encontram força para superar momentos difíceis e se destacar. Agora, a agremiação está pronta para mostrar toda a sua garra e talento no Carnaval da Intendente Magalhães e seguir em busca do sonho de desfilar na Marquês de Sapucaí.