Além disso, os morros ao redor das praias Barra do Sahy e Baleia ainda mostram os efeitos da tragédia que ocorreu no ano anterior, com danos visíveis na vegetação causados pelos deslizamentos. Para a dona de casa, é difícil acreditar que tudo isso aconteceu no local.
Apesar das marcas deixadas pelo desastre, o analista de sistemas Rodrigo Lazani, 44, não levou em consideração as consequências ao decidir passar as férias na praia da Baleia após uma década. Ele alega que, tirando os morros, não houve muitas mudanças na região.
Os custos elevados também são evidentes nas barracas de praia, que aumentaram os preços das bebidas e petiscos. Mariana Heloreide Pereira da Silva, 52, proprietária de uma barraca na Barra do Sahy há 32 anos, afirma ter reajustado os preços devido ao aumento praticado pelos fornecedores. Além disso, ela observou uma mudança no perfil dos turistas após a tragédia, com a chegada de pessoas que visitam a região pela primeira vez.
A estudante Kelly Andrade, 28, também enfrentou os preços altos, vindo preparada com um cooler cheio para economizar nas despesas. O vendedor de bolsas artesanais, Severino da Silva Neves, relata que as vendas estão mais fracas do que nos anos anteriores, apesar de manter os mesmos preços.
Além disso, o medo de novos temporais tem causado preocupação entre os turistas, impactando a procura por reservas nos estabelecimentos. A recepcionista Daiane Souza Santos também observou uma temporada mais fraca do que o normal.
Com a previsão de chuvas frequentes e alertas da Defesa Civil, os turistas perguntam sobre as condições climáticas antes de viajar. A recepcionista acredita que a divulgação constante das previsões de chuva pelos meios de comunicação tem contribuído para aumentar a apreensão entre os visitantes.
Apesar da retomada do turismo em São Sebastião e do investimento do governo municipal para impulsionar o turismo na região, as reclamações sobre preços altos e preocupações com o clima persistem entre os turistas e moradores locais. A expectativa é que a situação se normalize com o tempo e que o turismo na região se recupere após os desafios enfrentados nos últimos anos.
