Nascida em São Paulo, Silvia era a mais velha de seis irmãos. Após casar-se com Domingos Tadeu Chiarelli, com quem teve as filhas Luanna e Stella, já tinha trabalhado na transportadora do pai e fazia traduções literárias, sem saber qual caminho tomar na carreira. Contudo, a visita à escola infantil despertou em Silvia uma paixão e ela se voluntariou para tocar projetos até ser contratada como professora efetiva.
No decorrer do tempo, Silvia passou por obstáculos, como ter suas escolas fechadas, mas em 1984 abriu a Alecrim, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Ela atuou como diretora, professora e até ajudando na limpeza e dando banho nas crianças em noites do pijama. Com perseverança e dedicação, colocou a casa em ordem e fez a escola crescer.
Com sua força e amor pela educação, Silvia influenciou gerações de educadores e estudantes gratos por terem feito parte de sua vida. Segundo sua filha Luanna, ela era uma pessoa imensa, sabida, amiga, otimista, alegre, teimosa e forte. Silvia incentivava suas filhas a fazerem tudo o que queriam, e como avó, estava sempre presente na vida da neta Flora, criando um mundo particular de personagens.
Silvia faleceu em janeiro de 2024, vítima de um infarto, e deixa um legado de amor, dedicação e persistência na educação. Seu marido, Tadeu, suas filhas Stella e Luanna, a neta Flora e todos aqueles que tiveram o privilégio de cruzar seus caminhos sentirão sua falta, mas carregarão consigo os ensinamentos e memórias dessa mulher notável. A escola Alecrim, fundada por Silvia, se preparava para mudar para sua primeira sede própria, mas o destino não permitiu que ela realizasse seu sonho.