A reunião com embaixadores, mencionada por Bolsonaro durante a reunião ministerial, ocorreu no dia 18 de julho no Palácio do Planalto. Nesse encontro, Bolsonaro atacou o processo eleitoral brasileiro e criticou os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, resultando em um processo no TSE que levou à inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos.
Além disso, a investigação aponta que Bolsonaro tomou uma série de ações para tentar descredibilizar as urnas e promover um golpe de Estado, incluindo o uso da Polícia Federal para questionar o processo eleitoral.
O então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, mencionou que as Forças Armadas estavam em “linha de contato com o inimigo” na Comissão Eleitoral, onde foram realizados questionamentos que foram usados por bolsonaristas no processo de descredibilizar as urnas eletrônicas.
Além disso, o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), indicou a intenção de monitorar os dois lados, mas ainda não se sabe se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi de fato usada para essa finalidade.
A Polícia Federal também identificou a existência de um núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, incluindo a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas para tentar legitimar uma intervenção das Forças Armadas.
Esses são apenas alguns dos pontos discutidos durante a reunião ministerial que estão sendo investigados como parte da Operação Tempus Veritatis, que busca esclarecer a tentativa de golpe de Estado conduzida por Bolsonaro, generais e aliados. O desdobramento dessas revelações certamente terá impacto nas investigações em andamento e na política brasileira como um todo.