A decisão de afastamento do funcionário foi confirmada pela Prodesp em nota, que ressaltou a adoção do regime de teletrabalho para os colaboradores que atuam na área de tecnologia da informação.
O afastamento de Denicoli está relacionado à operação Tempus Veritatis, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, na qual o major da reserva foi citado como integrante do “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral” da organização investigada por atuar em uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no Poder.
De acordo com a investigação, o núcleo agia na “produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto a lisura das eleições presidenciais de 2022 com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quarteis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o Golpe de Estado”.
As medidas cautelares decretadas contra Denicoli incluíram busca e apreensão, proibição de manter contato com demais investigados, inclusive através de advogados, e proibição de deixar o país, com apreensão de seu passaporte.
A CNN tentou contato com a Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo e com Ângelo Martins Denicoli, mas até o momento não obteve retorno.
A operação Tempus Veritatis trouxe à tona mais um capítulo da intensa disputa política que envolve o governo de Jair Bolsonaro e seus opositores. As acusações de desinformação e tentativa de golpe de Estado demonstram o clima de instabilidade e tensão que permeiam a atual conjuntura política do Brasil.
É importante ressaltar que as investigações estão em andamento e as informações divulgadas até o momento devem ser recebidas com cautela, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório para todos os envolvidos.
A repercussão e desdobramentos desse caso certamente continuarão a ser acompanhados de perto pela imprensa e pela população, já que ele traz à tona questões cruciais para a democracia e o Estado de Direito.