Alpinistas que forem escalar o Monte Everest agora terão que recolher suas próprias fezes e levá-las de volta ao acampamento base.

Alpinistas que escalam o Monte Everest terão de recolher suas fezes e levá-las de volta ao acampamento base para descarte, conforme determinação das autoridades nepalesas. A nova regra foi implementada como parte de medidas mais amplas para combater o problema das fezes humanas visíveis em rochas e a consequente poluição olfativa na região.

O presidente da municipalidade rural de Pasang Lhamu, Mingma Sherpa, expressou preocupação com as reclamações sobre a visibilidade de fezes humanas e os impactos na saúde dos montanhistas. Ele acrescentou que essa situação prejudica a imagem da região e justifica a implementação da nova regra.

Durante a temporada de escalada, os alpinistas se preparam no acampamento base, que possui tendas separadas com toaletes para coletar os dejetos. No entanto, à medida que sobem na montanha, a situação se torna desafiadora, pois áreas com menos neve exigem que as necessidades sejam feitas ao ar livre.

Devido às baixas temperaturas, as fezes deixadas no caminho não se degradam completamente em função das condições extremas. Isso tem gerado um acúmulo de fezes humanas nos acampamentos mais elevados, tornando essas áreas insalubres.

Para lidar com essa situação, a organização não governamental Comitê de Controle de Poluição de Sagarmatha (SPCC) está adquirindo sacos de fezes dos Estados Unidos. Esses sacos contêm produtos químicos e pós que solidificam as fezes humanas, tornando-as inodoras.

A implementação dessa medida trará benefícios não apenas para a preservação do meio ambiente, mas também para a imagem do Nepal como destino de montanhismo. A necessidade de discutir e implementar essas medidas evidencia a importância de as autoridades estarem presentes e fiscalizarem as expedições no local. A ausência de controle contribui para a ocorrência de irregularidades, como pessoas escalando montanhas sem permissão.

Com a implementação rigorosa das medidas, espera-se que a situação melhore e que as montanhas do Nepal continuem a ser exploradas de forma responsável e sustentável. A novidade despertou o interesse de outros montanhistas, que consideram replicar a ideia em outras montanhas para preservar o meio ambiente e a integridade das regiões montanhosas.

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