A Polícia Militar informou que abriu um inquérito na corregedoria para investigar o caso e que o PM responsável pelo disparo já foi identificado. A corporação também afirma que solicitará as imagens da câmera corporal utilizada pelo agente para auxiliar nas investigações.
Além disso, o caso também será investigado pela Delegacia de Homicídios, de acordo com informações da Polícia Civil. Até o momento, o agente envolvido não foi identificado e a PM não informou se ele já apresentou advogado.
Nas imagens que circulam pelas redes sociais, é possível ver o momento em que o policial dispara contra o homem após uma discussão entre os dois. O vídeo também mostra o momento em que o homem é socorrido por uma mulher e a reação das pessoas ao redor, que gritam diante da cena chocante. O agente deixa o local sem prestar socorro, além de não haver registro de outros policiais se aproximando para ajudar a vítima.
A vítima, que ainda não foi identificada, aparece em outros vídeos deitada no chão, sangrando e desacordada. Uma viatura próxima ao local não presta socorro, o que gerou revolta entre os espectadores das cenas. “Carro da polícia parado ao invés de vir dar socorro. Os que atiraram fugiram, e os outros estão ali parados deixando o homem morrer”, diz uma mulher que gravou a cena.
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde do homem ferido, e a Polícia Civil informou que uma perícia será realizada no local do incidente. A corporação também mencionou que outras diligências estão em andamento para apurar os fatos.
A tragédia aconteceu em meio a uma operação policial na região da Maré, com relatos de tiroteio desde cedo. O Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Polícia Militar, e a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), da Civil, estavam envolvidos em uma operação para recuperar um caminhão cegonha roubado por criminosos.
O incidente levantou questionamentos sobre o uso da força policial e a conduta dos agentes envolvidos, gerando comoção e indignação entre os moradores da região. A falta de prestação de socorro e a ausência de medidas efetivas para evitar a tragédia também foram alvo de críticas e revolta por parte da população.