O artefato foi encaminhado na quarta-feira (7) para o Instituto de Criminalística, onde serão realizados exames de constatação de eficácia, confronto entre armas e elementos balísticos. O delegado responsável pelo caso, Henrique Stangari Angelo, solicitou mais prazo para a apuração, alegando que ainda faltam diligências imprescindíveis para esclarecer o caso.
A trágica morte de Garcia ocorreu no dia 24 de setembro, durante uma confusão na comemoração do título da Copa do Brasil nas imediações do estádio Morumbi, na zona oeste da capital. A investigação apontou o cabo da Cavalaria Wesley Carvalho Dias da Silva como responsável pelo tiro, e ele foi indiciado sob suspeita de homicídio culposo —ou seja, sem intenção.
Uma reportagem da Folha revelou que a Polícia Civil aguardava a entrega da arma para concluir as investigações, mesmo após ter feito pelo menos dois pedidos para a entrega do artefato. Além da espingarda, a Polícia Militar enviou aos investigadores um material sobre o uso da bean bag pela polícia, algo crucial para apurar se houve erro no manuseio do equipamento.
O desenrolar deste caso tem gerado grande comoção e levantado questionamentos sobre o uso de munição não letal pela polícia e a forma como esses equipamentos são utilizados em situações de conflito. A morte de Rafael dos Santos Tarcilio Garcia trouxe à tona debates sobre a necessidade de um rigoroso controle e treinamento para a utilização dessas armas. Espera-se que as investigações em andamento possam trazer respostas e justiça para a tragédia que ceifou a vida de um torcedor apaixonado.