O crime ocorreu em fevereiro de 2023, quando Begoleã matou Alan Lopes, de 21 anos, no norte de Amsterdã, utilizando uma faca para atacar a vítima. Após o assassinato, Begoleã tentou fugir para o Brasil, mas foi preso no aeroporto de Lisboa, portando um documento falso de nacionalidade italiana. Além disso, a polícia encontrou na bagagem do brasileiro pedaços de carne que ele alegava serem humanos, mas que posteriormente foi descartado como tal pela perícia.
Embora tenha sido reconhecido que Begoleã agiu de maneira premeditada no assassinato, o laudo que indicou a esquizofrenia do réu foi levado em consideração, resultando na decisão de internação compulsória para tratamento psiquiátrico. Além disso, a Justiça determinou que Begoleã deve pagar uma indenização aos pais da vítima.
A defesa do brasileiro tem duas semanas para recorrer da sentença, mas a família de Alan Lopes afirmou que não pretendem fazê-lo. O jovem assassinado era amigo de Begoleã e o havia convidado para passar o fim de semana em seu apartamento, acreditando que o brasileiro estava passando por dificuldades financeiras.
Begoleã alegou em depoimento que cometeu o crime por considerar que Alan era um canibal, afirmando que a vítima teria preparado pedaços de carne de origem suspeita durante o jantar. No entanto, os relatos de testemunhas e investigações apontaram que o réu já havia manifestado anteriormente o desejo de matar Alan, além de ter demonstrado comportamento paranoico nas semanas que antecederam o assassinato.
A decisão da Justiça holandesa de internar Begoleã para tratamento psiquiátrico foi considerada um alívio para a família da vítima, que reforçou a certeza de que o brasileiro não era mentalmente estável no momento do crime. Begoleã, nascido em Minas Gerais, abandonou a faculdade de odontologia para tentar uma carreira como lutador na Europa, vivendo de forma irregular na Holanda e apresentando comportamento paranoico antes do ocorrido.