Jornalista ribeirinho transforma lendas amazônicas em podcast de sucesso: “Pavulagem” resgata e exibe a cultura da região.

Maickson Serrão, jornalista ribeirinho conhecido por seu podcast Pavulagem, é um exemplo de sucesso vindo de uma pequena comunidade na região amazônica. A expressão “pavulagem” é tipicamente amazonense e faz referência ao ato de se exibir, o que é bastante apropriado para o nome do programa do jornalista, que busca resgatar e exibir com orgulho a cultura e as lendas da tradição oral da Amazônia.

Nascido e criado na Vila de Boim, comunidade ribeirinha localizada em uma reserva extrativista no Pará, Serrão, de origem tupinambá, tem se destacado em diferentes áreas. Além de criar seu podcast de sucesso, o jornalista também criou uma startup para vender passagens de transporte hidroviário, atuou na ONG Saúde e Alegria, representou jovens brasileiros no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e passou a integrar a rede de líderes da Fundação Lemann.

A sua dedicação em representar a comunidade e resgatar as histórias dos seres encantados da floresta amazônica o levou a criar o podcast Pavulagem, em uma tentativa de preservar o conhecimento tradicional e as memórias dos moradores locais. Serrão destaca que o podcast é uma forma de doação por parte dos contadores de histórias, que abrem suas casas para compartilhar o saber tradicional e as memórias, sabendo que, se essas histórias não forem transmitidas, elas se perderão.

A busca por preservar a cultura e a tradição dos povos indígenas e ribeirinhos também o levou a palestrar no Fórum Econômico Mundial, onde teve a oportunidade de representar a comunidade brasileira e dialogar com líderes globais sobre a preservação da natureza. Sua mensagem foi a de que os povos indígenas e ribeirinhos podem ocupar qualquer espaço e que o mundo pode aprender com eles, desde que haja diálogo, mesmo com aqueles que pensam diferente.

Serrão também destaca a importância da educação na sua vida, mostrando como um estudante dedicado, mesmo vindo de uma comunidade com uma precariedade educacional, conseguiu alcançar espaços internacionais e representar sua comunidade. Sua trajetória é um exemplo de superação e de valorização das raízes, buscando sempre compartilhar e preservar a cultura da região amazônica.

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