O objetivo desse programa é realizar intervenções em outras quatro ruas, como parte do esforço da administração municipal e do governo federal para revitalizar o centro de São Paulo. Vale destacar que o trecho da General Osório que receberá a reforma está localizado a cerca de 500 metros da cracolândia, que hoje ocupa a rua dos Protestantes.
As mudanças previstas incluem alterações no traçado das calçadas de quatro quarteirões da General Osório, totalizando 450 metros, entre a avenida Rio Branco e a rua Barão de Campinas. Além disso, as esquinas serão alargadas, bancos e floreiras serão instalados, piso tátil e luminárias públicas com placas solares também farão parte das transformações.
O custo estimado para a realização dessa obra é de R$ 716 mil, segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ele ainda ressaltou que a reforma está prevista para começar pelo lado ímpar da rua e passar em seguida para o lado par. Consciente do possível impacto negativo no trânsito, Nunes visitou algumas lojas da rua e pediu paciência aos comerciantes, afirmando que todos estão de acordo com a obra.
Além da General Osório, há previsão de obras similares nas ruas São Caetano, Paula Sousa, Florêncio de Abreu e Santa Ifigênia. As gestões municipal e estadual estão apostando em ações de urbanismo e aumento do policiamento para reduzir a degradação da região central. Um exemplo disso é a transferência de uma companhia da Força Tática da Polícia Militar para uma nova sede a um quarteirão de distância da rua das motos.
Em relação à cracolândia, Nunes destacou que o número de usuários de drogas diminuiu ao longo da última década, mas ressaltou que o problema já tem 30 anos e não será resolvido em poucos meses. Por outro lado, o vice-governador Felício Ramuth (PSD) questionou o uso do termo “cracolândia” e defendeu que a região seja chamada de “cenas abertas de uso” de drogas.
Ramuth ainda informou que cerca de 9.000 pessoas já foram internadas desde a inauguração do HUB de Cuidados em Crack e Outras Drogas, em abril do ano passado. Ele destacou que as equipes de saúde do estado e do município se reúnem semanalmente para discutir a situação dos dependentes químicos.
Outro projeto em andamento é a instalação de um centro administrativo no entorno do parque Princesa Isabel, em Campos Elíseos, proposto pela gestão Tarcísio. O governo estadual pretende lançar um concurso de arquitetura para definir como será o projeto de revitalização da região central de São Paulo.
Todas essas medidas visam melhorar a infraestrutura e a segurança da região central da cidade, promovendo um ambiente mais agradável e seguro para moradores, comerciantes e visitantes. A expectativa é de que essas intervenções contribuam para a requalificação do centro de São Paulo, atraindo mais investimentos e promovendo o desenvolvimento econômico e social.