O caso mais chocante foi o do adolescente de 16 anos, que teve o celular furtado ao entrar na estação do metrô Liberdade, sendo empurrado por um desconhecido. O telefone do jovem estava em sua posse há menos de um mês antes do incidente. Outra vítima, o supervisor de segurança Cleiton Lucena da Silva, teve o vidro de seu carro quebrado e seu celular levado enquanto estava parado em um semáforo na avenida do Estado. Já o médico Kassem Saleh teve seu celular roubado enquanto estava em um carro por aplicativo passando pelo bairro da Liberdade.
Atribui-se a recuperação dos celulares à atuação policial, que seguiu pistas das vítimas para chegar até uma galeria onde foram encontrados 41 celulares roubados e notebooks utilizados para limpar os dados dos aparelhos, tornando-os aptos para revenda. Além disso, outros equipamentos utilizados pelos criminosos para invadir os celulares e tentar acessar contas bancárias também foram apreendidos.
Segundo a polícia, o trabalho de recuperação dos celulares foi dificultado pelo fato de que muitas vítimas não registraram boletim de ocorrência, descrentes de que tivessem suas propriedades recuperadas. Por conta disso, os agentes tiveram que entrar em contato com as operadoras para identificar os donos dos aparelhos.
Foram detidas oito pessoas na ação, a maioria estrangeiros, e duas tiveram a prisão preventiva decretada após audiência de custódia. Além disso, no domingo (4), sete pessoas foram detidas pela polícia durante os desfiles de rua do pré-Carnaval e encaminhadas para a 1° Cerco sob suspeita de furtar celulares.
O grupo responsável por esses roubos é conhecido por quebrar os vidros de veículos e, segundo os investigadores, a rua do Glicério é um local onde diversos celulares roubados costumam aparecer. Este caso se junta a outros relacionados ao furto e recuperação de celulares na região central de São Paulo, incluindo a rua Guaianases, em Campos Elíseos, onde aparelhos são geralmente furtados por criminosos em bicicletas.