Rio de Janeiro terá dez polos de saúde específicos para pacientes com suspeita de dengue em plano de contingência emergencial.

O Rio de Janeiro está mais do que nunca preocupado com a situação da dengue na cidade. Até o fim desta semana, serão inaugurados dez polos de saúde específicos para atender pacientes com suspeita da doença. O primeiro deles, localizado em Curicica, na zona oeste da cidade, foi aberto na manhã desta segunda-feira (5). Este é um dos resultados da situação de emergência decretada na capital devido à doença.

Além de Curicica, os outros polos serão instalados em Campo Grande, Santa Cruz e Bangu (na zona oeste), Complexo do Alemão, Madureira, Del Castilho e Tijuca (na zona norte), Gávea (na zona sul) e Centro. A abertura desses polos faz parte do plano de contingência de enfrentamento à dengue criado pela prefeitura do Rio, uma vez que a cidade já registrou 11 mil casos da doença somente este ano, com 360 pacientes necessitando de internação.

Esses polos funcionarão em unidades básicas de saúde, como é o caso de Curicica, que está localizado dentro do Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, orienta as pessoas a procurarem atendimento nos polos ou nas redes de atenção básica se começarem a sentir sintomas da dengue, como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.

Assim que chegam ao polo, os pacientes têm uma amostra do sangue recolhida para a confirmação do diagnóstico, que é dado cerca de uma hora depois da coleta. No local, também há cadeiras e macas para hidratação venosa e oral. A equipe de saúde, formada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fará também a classificação da gravidade do quadro. Os quadros mais graves serão encaminhados para internação como “vaga zero” (emergência), através da Central Municipal de Regulação.

O plano de contingência prevê a destinação de leitos exclusivos para a internação desses pacientes. No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, foram separados 20 leitos. Além disso, no próprio Centro Municipal de Saúde Raphael de Paula Souza, haverá um setor destinado à internação de pacientes com dengue e outras arboviroses (doenças transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos).

Caso haja necessidade, mais centros de atendimento poderão ser abertos conforme a Secretaria Municipal de Saúde. E, a assistência às pessoas com dengue será realizada também nos 150 centros de hidratação montados no final do ano passado nas unidades de saúde para o atendimento devido aos efeitos do calor. Este é o plano da cidade para reduzir o número de casos graves e de óbitos por dengue.

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