De acordo com vídeos que circularam nas redes sociais no fim de semana, uma mulher jogou ao chão e destruiu diversos produtos do estabelecimento comercial, além de xingar a lojista e proferir palavras antissemitas (de preconceito xenofóbico contra o povo judeu).
O vice-presidente Geraldo Alckmin declarou em sua mensagem que “este tipo de comportamento é absolutamente inaceitável, especialmente em um país como o Brasil, conhecido por sua diversidade cultural e tolerância. O Brasil é uma nação formada pela mistura de povos e culturas, e atitudes discriminatórias contrariam os valores fundamentais de respeito e convivência pacífica”. Alckmin ainda ressaltou a importância de lutar contra o antissemitismo e qualquer forma de discriminação.
Já o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, expressou sua esperança de que a autora do ataque seja responsabilizada civil e criminalmente pelo ataque à comerciante judia. Almeida defendeu que o massacre contra o povo palestino na Faixa de Gaza, perpetrado pelo governo de Israel, não justifica, nem autoriza o antissemitismo. Ele enfatizou que posturas antissemitas, e da mesma forma, islamofóbicas, devem ser fortemente repreendidas por serem incompatíveis com a legalidade, com os direitos humanos e com a defesa da democracia.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, também prestou solidariedade à vítima do ataque antissemita no sul da Bahia e revelou que o governo estadual está agindo dentro do que determina a lei.
A própria comerciante relatou, em um vídeo divulgado nas redes sociais, que registrou um boletim de ocorrência em que descreve as agressões sofridas. “Eu tenho uma loja, um estabelecimento, aqui no Arraial [d’Ajuda]. Ela entrou, me agrediu, me bateu, destruiu minha loja, simplesmente pelo fato de eu ser judia. Disse-me que sou assassina de criancinha e que vai vir me pegar”, declarou Herta Breslauer.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib), que representa a comunidade judaica no país, e a Sociedade Israelita da Bahia também denunciaram a agressão sofrida pela empresária judia, em nota pública. A Conib pediu moderação e equilíbrio às lideranças para não importarem o conflito em curso no Oriente Médio, e enfatizou que o antissemitismo deve ser condenado por todos.