No encontro realizado em sua casa de praia na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis (RJ), Bolsonaro atendeu a um telefonema de uma pessoa que ele identificou como sendo da Rota paulista. Na ligação, ele questionou se a Rota já havia começado a operar na Baixada e quantos suspeitos já haviam sido “operados”.
Após a ligação, Bolsonaro ironizou a situação e deixou claro que o termo “operar” se referia a “matar”. Ele afirmou: “Vão operar mais uns 40 lá, com certeza.”
A declaração se deu após o assassinato do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo em Santos, no litoral de São Paulo. Em resposta, batalhões do policiamento de Choque deixaram a capital rumo ao litoral, e uma nova Operação Escudo foi posta em ação pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.
O ex-presidente também acionou assessores para providenciar transporte de helicóptero de Angra dos Reis para São Paulo, além de entrar em contato com a assessoria do governador Tarcísio de Freitas, de quem é aliado, para cancelar um compromisso de entrega de casas a vítimas das chuvas e comparecer ao velório e enterro do soldado. No entanto, Tarcísio manteve o compromisso e não compareceu ao enterro.
Bolsonaro compareceu ao enterro, acompanhado de Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação durante seu governo, mas não se manifestou para a imprensa.
Essas declarações e a presença do ex-presidente no enterro do soldado da Rota geraram repercussão em meio à violência policial e às ações da Rota na Baixada Santista. É importante considerar o impacto e as consequências dessas declarações e da presença de Bolsonaro nesse contexto.