Maré vermelha: mais de 200 casos de intoxicação em Alagoas, mas sem novos pontos identificados no litoral.

Mais de 200 casos de intoxicação foram registrados em Alagoas devido à maré vermelha, de acordo com o Instituto de Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA). Contudo, após um sobrevoo realizado na sexta-feira (2) em praias do litoral norte do estado, onde os casos foram registrados, os técnicos do instituto não identificaram visualmente a presença das algas que causam o fenômeno.

Além do voo, a equipe do IMA coletou amostras de água do mar em trechos da praia de Carro Quebrado, em Barra de Santo Antônio, que estão agora em análise. “As equipes de Gerenciamento Costeiro e do laboratório percorreram o trecho da costa entre Maceió e Barra de Camaragibe. Neste percurso não foram identificadas manchas no mar nem outro indício que apontasse a presença de maré vermelha”, informou o IMA.

O litoral sul de Pernambuco também enfrentou problemas com a maré vermelha, com mais de 270 pessoas precisando de atendimento médico, incluindo banhistas e surfistas, entre os municípios de Maracaípe e Tamandaré. A Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco (SES) e equipes municipais de saúde realizaram o levantamento e a análise dos prontuários dos pacientes que buscaram o hospital local entre 26 e 30 de janeiro.

De acordo com a SES, em uma análise preliminar, 278 casos suspeitos foram identificados nos prontuários do Hospital Municipal, e o número de casos poderá ser alterado até o final da investigação. A pasta informou também que cerca de 200 pescadores apresentaram sintomas de intoxicação durante a maré vermelha, e a população foi orientada a evitar a proximidade com os locais afetados e a estar atenta a possíveis novos episódios.

A maré vermelha é um fenômeno provocado pelo crescimento excessivo de algas que liberam ou não toxinas, sendo percebido na superfície da água pelo odor e pela formação de uma grande mancha que pode apresentar tons avermelhados, alaranjados, amarelados ou acastanhados. Os principais sintomas de intoxicação incluem enjoo, diarreia, irritação e secura nos olhos, além de falta de ar.

O IMA ressaltou a importância de evitar a recreação e o banho em trechos do mar com coloração e odor diferentes. A SES orientou os banhistas a estarem atentos aos sinais que possam sinalizar possíveis novos episódios e ressaltou a importância do monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais, uma vez que novos episódios podem ocorrer durante o verão.

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