O imunizante teve uma eficácia de 79,6% em prevenir a doença, um resultado que já tinha sido divulgado pelo Butantan em dezembro de 2022. No entanto, ter o artigo publicado em uma revista científica de alto impacto como a New England é um atestado de que o estudo seguiu um rigor na análise dos dados.
A eficácia de 79,6% é similar à vacina Qdenga (80,2%), que será oferecida no SUS a partir de fevereiro. O índice de proteção do imunizante brasileiro foi medido por meio do acompanhamento por dois anos de 16.235 voluntários na faixa etária dos 2 aos 59 anos. A fase 3 do estudo começou em 2016 e seguirá até que todos os voluntários completem cinco anos de acompanhamento.
Após essa etapa, será realizada a análise de dados e elaboração do dossiê para submissão do pedido de registro do produto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, o prazo para esse processo é o segundo semestre, com um possível alvo de setembro. No entanto, ele ressaltou que esse prazo pode ser móvel, já que algumas análises podem precisar ser repetidas.
A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan tem se mostrado um avanço importante no combate a essa doença. Com uma eficácia semelhante à vacina Qdenga e respaldada por uma publicação na New England Journal of Medicine, o imunizante busca agora a aprovação da Anvisa para poder ser disponibilizado à população. A expectativa é que todo esse processo seja concluído ainda neste ano, ajudando a controlar e prevenir a propagação da dengue no país.