Ao realizar palestras em colégios de ensino médio no Rio de Janeiro e em outras cidades do país, Feres notou a falta de informação entre os alunos, que são potenciais beneficiários das ações afirmativas. “Os alunos de colégio público são, naturalmente, candidatos, mas não sabem, não têm realmente informações sobre como funciona, como se inscrever, quais são as categorias de beneficiados”, explicou Feres.
De acordo com o coordenador, o acesso a uma universidade pública representa uma oportunidade única na vida, com potencial de proporcionar mobilidade social e qualificação para o mercado de trabalho. Para ele, é importante que os estudantes tenham acesso à informação correta para aproveitar as oportunidades disponíveis.
Além disso, o grupo de estudos está em busca de realizar convênios com organizações interessadas em disseminar a cartilha, com o objetivo de alcançar o maior número possível de estudantes em todo o país.
O guia esclarece sobre as políticas de ação afirmativa disponíveis e como os alunos podem se beneficiar delas, abordando questões como cotas, programas governamentais como o Prouni e o Fies, a importância do Enem como critério de acesso, e o funcionamento do Sisu, que reúne vagas em instituições públicas de ensino superior em todo o Brasil.
Além disso, o documento aborda avanços significativos em relação à inclusão de pessoas trans e com deficiência no ensino superior ao longo do tempo. O Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa é um núcleo de pesquisa baseado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi criado em 2008 com o objetivo de produzir estudos sobre ação afirmativa a partir de variadas abordagens metodológicas.
Atualmente, o Gemaa expandiu sua área de atuação e realiza investigações sobre a representação de raça e gênero na educação, na mídia, na política e em diversas outras esferas da vida social. A iniciativa visa contribuir para a disseminação de informações e a promoção da igualdade de oportunidades no ensino superior.