Essa decisão veio um dia após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmar que um corte na taxa de juros dos Estados Unidos em março seria prematuro, o que resultou na queda dos mercados acionários do país na quarta-feira. Os bancos europeus estiveram no centro das atenções, com resultados e medidas que impactaram o cenário econômico.
Em Londres, o FTSE fechou em queda de 0,11%, aos 7.622,16 pontos, em um recuo mais brando em comparação com outras bolsas da região. O Banco da Inglaterra decidiu manter sua taxa básica de juros em 5,25%, conforme esperado. A votação foi dividida, com dois votos a favor da elevação de juros em 25 pontos-base, um voto a favor do corte da mesma magnitude e seis votos pela manutenção.
Enquanto isso, na Suécia, o banco central deixou a taxa de juros inalterada, mas sinalizou a possibilidade de cortes no primeiro semestre. Em Paris, o CAC 40 cedeu 0,89%, aos 7.588,75 pontos, impactado pela queda de 9,21% das ações do BNP Paribas. O banco francês reportou um lucro líquido de 1,07 bilhão de euros no quarto trimestre de 2023, metade do montante registrado no mesmo período do ano anterior.
Já em Frankfurt, o DAX recuou 0,26%, aos 16.859,04 pontos. As ações do Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, subiram 4,94% após o anúncio de que cortaria 3.500 postos de trabalho, recompraria ações e pagaria dividendos. O banco teve lucro líquido de 1,26 bilhão de euros no quarto trimestre de 2023, valor inferior ao ganho de 1,95 bilhão de euros no mesmo período de 2022.
O banco holandês ING caiu 6,44% na Euronext, com o lucro líquido de 1,56 bilhão de euros, acima do consenso de analistas. No entanto, a empresa informou que a receita de 2024 será mais fraca do que a de 2023, o que impactou negativamente suas ações. Por outro lado, as ações da Shell subiram 2,41% em Londres, após divulgar lucro ajustado de US$ 7,31 bilhões no quarto trimestre de 2023.
Nos demais mercados da região, o FTSE MIB, de Milão, cedeu 0,18%, o Ibex 35, de Madri, caiu 0,63%, e o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,59%. A movimentação das bolsas europeias reflete a cautela dos investidores diante das sinalizações dos bancos centrais e dos resultados financeiros das instituições bancárias do continente.