Esse desempenho foi pior do que o esperado, já que a expectativa do setor era de que a queda ficasse abaixo de 10%. Esse resultado foi influenciado pelo encolhimento nas receitas de vendas no mercado doméstico, que caiu 15,4% em 2023, totalizando R$ 215,3 bilhões. Esse encolhimento do mercado doméstico vem sendo observado desde 2022, quando houve uma queda de 6,9%.
No entanto, as exportações tiveram um desempenho recorde, crescendo 14,6% em 2023 em comparação com o ano anterior, atingindo quase US$ 14 bilhões. Esse foi o melhor desempenho da série histórica, superando o resultado registrado em 2012. As importações também registraram um aumento de 7,2%, atingindo US$ 26,8 bilhões em 2023.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos, que é o resultado da soma da aquisição de bens produzidos localmente com os importados, também apresentou uma queda, passando de R$ 403,4 bilhões em 2022 para R$ 356,9 bilhões no ano passado.
Além disso, o desempenho negativo em 2023 acabou afetando o quadro de pessoal ocupado no setor, com a perda de 5 mil postos de trabalho no ano passado. Com isso, o setor fechou o ano com 385 mil trabalhadores.
Considerando apenas os dados do mês de dezembro, o setor registrou uma redução de 13,2% em sua receita líquida total em comparação com o mês anterior, totalizando R$ 18,8 bilhões. Em relação a dezembro de 2022, a queda foi ainda maior, chegando a 22,4%.
Para 2024, a Abimaq prevê um crescimento de 5,5% na receita interna e de 3,5% na receita total, com as exportações crescendo cerca de 0,6%. Essas projeções mostram a preocupação do setor com o crescimento econômico sustentado para os próximos anos.
Em resumo, os números divulgados pela Abimaq refletem um cenário desafiador para o setor de máquinas e equipamentos, que enfrentou uma série de desafios em 2023, mas busca se recuperar e retomar o crescimento nos próximos anos.