Presidente Lula pede plano contra seca no Nordeste e norte de Minas Gerais em meio a previsões alarmantes para 2024

O presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), mostrou preocupação com os efeitos da seca no Nordeste e norte de Minas Gerais e pediu aos ministérios um plano contra a estiagem. A escassez de chuvas no semiárido deve piorar nos primeiros meses de 2024, o que preocupa governadores e prefeitos da região, onde o PT tem ampla base política. A seca não só afeta diretamente a população, mas também pode prejudicar a atividade econômica da região.

A situação é tão grave que seis ministérios foram acionados para elaborar medidas, inicialmente planejadas para serem lançadas em janeiro, mas que podem ser concluídas apenas no início de fevereiro. Um estudo do governo apontou que a seca deve se agravar nos primeiros meses do ano, especialmente no norte da região Nordeste, onde os principais reservatórios já perderam armazenamento.

A seca, que atinge o semiárido brasileiro, ocupando 12% do território nacional e abrigando cerca de 28 milhões de habitantes, tem preocupado o governo. Desde outubro, o governo vem adotando medidas para mitigar os efeitos da seca, mas as ações agora passaram a ser coordenadas pela Casa Civil, que cuida das prioridades para Lula.

Segundo relatos, o Ministério do Desenvolvimento Agrário mobilizou estoques de milho para garantir alimento aos animais da região. A preocupação do governo é que a seca não apenas traga miséria, mas também desmobilize a economia local e acabe com o sustento das populações.

O plano contra a seca envolve ações dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Integração e Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Social e Ciência e Tecnologia. Agrícola, Embrapa. Algumas ações já estão em estudo, como prorrogar contratos de empréstimo nos municípios em que for decretada emergência.

Até o momento, o plano não deve incluir a região Norte, mas há a possibilidade de serem incluídos municípios desses estados que tiveram reconhecimento de emergência. O governo ainda não definiu por quanto tempo o plano será colocado em execução, já que algumas ações são emergenciais, enquanto outras terão foco estruturante.

Além das medidas para mitigar os efeitos da seca prolongada, o governo Lula estuda um plano contra a desertificação do Nordeste. Em novembro, um estudo identificou pela primeira vez o surgimento de uma região com clima similar a um deserto, o que traz preocupações com a segurança alimentar da população. O governo pretende anunciar o plano contra a estiagem após encontros com os governadores da região.

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