De acordo com o FMI, a prioridade de curto prazo para os bancos centrais é “entregar um pouso suave”, ou seja, garantir que as pressões salariais e de preços estejam claramente desaparecendo antes de declarar vitória prematura contra a inflação. A instituição enfatiza que as necessidades de políticas para garantir a estabilidade de preços são cada vez mais diferenciadas, devido à diversidade dos fatores e da dinâmica da inflação entre as economias.
No entanto, o FMI destaca que há espaço para que os BCs globais ajustem gradualmente a política monetária para níveis neutros de juros, desde que sinalizem comprometimento com a estabilidade de preços e evitem o risco de pesar demais sobre o crescimento econômico. Além disso, a instituição recomenda que a política fiscal também seja calibrada no ritmo apropriado para as circunstâncias específicas de cada país.
O relatório do FMI também projeta que uma consolidação fiscal guiada por “planos confiáveis de médio prazo” garantirá a restauração de um espaço de manobra orçamentário para os países que sofrem com níveis elevados de endividamento desde a pandemia. Isso envolve a mobilização da receita doméstica, a endereçar a rigidez de gastos e o reforço das estruturas fiscais institucionais.
Além disso, a instituição destaca a importância de reformas estruturais para garantir um crescimento econômico sustentável de médio prazo, fornecer financiamento para acelerar a transição verde e fortalecer a cooperação internacional. O objetivo final é mitigar os efeitos da fragmentação da economia global em blocos e permitir um aumento duradouro nos padrões de vida.
Em meio a todas essas recomendações, o FMI também destaca a importância de uma reestruturação da dívida pública em países em alto risco de estresse. Portanto, as recomendações da instituição visam fornecer um guia para os BCs e os governos em um momento crucial da economia global.