Imagens em redes sociais mostram o caminhão ignorando uma curva em alta velocidade e tombando na rodovia. Outras mostram a água do Cubatão coberta por uma espuma branca. Joinville, cidade mais populosa de Santa Catarina, com 616.317 moradores, chegou a declarar situação de emergência e recomendou que a população economizasse água.
Após a situação de emergência, o prefeito Adriano Silva comunicou em entrevista que a água voltaria a ser destinada para as torneiras do município. Segundo Silva, a concentração do produto químico na água deve ficar abaixo de 0,20 miligrama por litro para ser considerada segura. No entanto, após o acidente, a concentração chegou a 1,2, quase cinco vezes mais, mas voltou ao patamar normal após diluição e testes.
O ácido sulfônico é usado pela indústria para a fabricação de detergentes líquidos, desengraxantes, limpa alumínio e limpadores multiuso em geral. Portanto, ele já é detectado em baixas concentrações em rios que têm contato com a água consumida em ambientes urbanos, sejam residências ou indústrias. Em alta concentração, todavia, ele se torna perigoso tanto para ingestão quanto para o contato com pele e olhos.
A prefeitura havia comunicado inicialmente que a água que estava parada dentro da tubulação poderia apresentar cor ou odor alterados pela ausência temporária de fluxo, mas que isso não a torna imprópria para o uso e não tem relação com o derramamento no rio Cubatão.
Com o abastecimento de água restabelecido, a população de Joinville volta à rotina normal, porém, fica o alerta para a importância do monitoramento e segurança das atividades que envolvam produtos químicos para evitar futuros incidentes que possam prejudicar o abastecimento de água e a saúde da população.