O WTI para março fechou em baixa de 1,57%, a US$ 76,78 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para abril recuou 1,35%, a US$ 81,83 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Os preços chegaram a subir no início da manhã, depois do ataque a drone lançado no domingo contra tropas dos EUA na Jordânia. O presidente americano, Joe Biden, atribuiu a ofensiva a “grupos radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”, embora Teerã tenha negado envolvimento. Essa situação elevou as preocupações com a escalada das tensões no Oriente Médio, que têm impulsionado os preços do petróleo desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro passado.
No entanto, relatos de que negociadores de Israel, dos EUA, do Egito e do Catar concordaram com as bases de um novo acordo de cessar-fogo com o Hamas ajudaram a acalmar os temores. Segundo o analista Michael Hewson, da CMC Markets, essa notícia impactou negativamente a cotação do petróleo.
O CEO da Navellier, Louis Navellier, alertou que o “caos no Oriente Médio” e as perturbações nas rotas marítimas podem causar interrupções no transporte e na produção de petróleo nos próximos meses. Ele ainda mencionou a possibilidade de a Ucrânia bombardear os oleodutos de petróleo da Rússia como outro risco altista para a commodity.
Portanto, os investidores estão atentos a uma série de fatores que podem influenciar os preços do petróleo nos próximos dias, incluindo a situação geopolítica no Oriente Médio e as negociações em torno de um novo acordo de cessar-fogo em Gaza. A volatilidade persistirá no mercado de energia, e qualquer desenvolvimento significativo nessas questões poderá ter um forte impacto sobre os preços do petróleo.