Justiça francesa oferece alternativa à prisão para ativistas que jogaram sopa na “Mona Lisa” no Louvre, em Paris.

Duas ativistas ambientais estão sob custódia policial após terem jogado sopa no vidro que protege a “Mona Lisa”, no Museu do Louvre, em Paris. As ativistas estão sujeitas a ação judicial, no entanto, a Justiça francesa propôs pagar uma “contribuição cidadã” como alternativa.

De acordo com informações do Ministério Público, as mulheres devem comparecer para discutir essa alternativa como forma de evitar um processo judicial. As ativistas jogaram sopa de abóbora na “Mona Lisa” como forma de protesto pela alimentação saudável e sustentável, e também para denunciar o “sistema agrícola doente”. O ato foi reivindicado por um coletivo chamado “Riposte Alimentaire”, que lidera uma campanha de resistência civil francesa em prol de mudanças climáticas e sociais.

As duas ativistas foram detidas por violarem as normas de entrada e permanência no museu, o que pode resultar em uma multa de 1.500 euros. Porém, o Museu do Louvre garantiu que a “Mona Lisa” não sofreu danos com o incidente.

Não é a primeira vez que a obra-prima de Leonardo da Vinci foi alvo de vandalismo. Em maio de 2022, o quadro também foi atacado com uma torta de creme. Além disso, nos últimos meses, diversos ativistas realizaram ações semelhantes contra obras de diferentes museus ao redor do mundo.

Em outubro de 2022, dois jovens da organização Just Stop Oil também jogaram sopa de tomate nos “Girassóis” de Van Gogh, que também é protegido por um vidro na National Gallery de Londres. As ações têm como objetivo chamar a atenção para questões ambientais e climáticas, provocando reações tanto das autoridades quanto do público em geral. As propostas que buscam soluções alternativas para ações judiciais são parte do debate sobre a liberdade de expressão e o impacto das manifestações artísticas em locais públicos.

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