A operação de interceptação contou com a participação de três aeronaves da Força Aérea, equipadas com recursos de monitoramento, como radares e sensores, além da presença da Polícia Federal. O avião suspeito, que era utilizado para tráfico ilícito, foi monitorado até que os militares do caça Super Tucano disparassem duas rajadas de tiros de aviso, forçando a aeronave a fazer um pouso em uma pista de terra.
Após o pouso, o piloto não foi localizado, e a aeronave foi apreendida. A ação contou com o apoio de um helicóptero H-60 Black Hawk, que transportou militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista e agentes da polícia federal até o local.
A destruição de uma pista de pouso clandestina, utilizada como base por aviões que atuavam no garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, também foi relatada pela Venezuela. O governo venezuelano comunicou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a destruição da pista, em uma ação conjunta para combater o garimpo ilegal na região de fronteira entre os dois países.
A Operação Escudo Yanomami foi deflagrada em janeiro do ano passado, ativando a Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) na Terra Indígena Yanomami. A operação tinha como objetivo desintruir a região, após a constatação de casos graves de desnutrição entre os yanomamis, causados pela contaminação por mercúrio, proveniente do garimpo ilegal.
A situação na Terra Indígena Yanomami também levou o presidente Lula a decretar emergência sanitária na região, evidenciando a gravidade do problema e a necessidade de intervenção para proteger as comunidades indígenas. A Força Aérea reforçou que ações que descumpram as regras estabelecidas nas áreas determinadas estarão sujeitas às Medidas de Proteção do Espaço Aéreo.
Assim, as autoridades brasileiras e venezuelanas continuam empenhadas em coibir o garimpo ilegal e proteger as comunidades indígenas na região da Terra Indígena Yanomami, visando preservar o meio ambiente e a saúde das populações locais. A ação conjunta entre os dois países é um passo importante nesse sentido, reforçando o compromisso com a proteção das terras indígenas e o combate a atividades ilegais que causam danos ambientais e sociais.