Durante o encerramento do encontro da coordenação nacional do MST, que também foi uma celebração dos 40 anos de fundação do movimento, Amorim afirmou que a reforma agrária é uma alternativa econômica para enfrentar a pobreza, sendo a forma mais barata e mais fácil de garantir trabalho para as pessoas. Ele ressaltou que quando uma família é assentada em uma terra, não está sendo criado apenas um emprego, mas sim está proporcionando trabalho para toda a família, além de utilizar a força de trabalho das pessoas ao redor durante as safras, plantios e colheitas.
No entanto, Amorim criticou a falta de diretrizes e um programa efetivo do governo para a reforma agrária, ressaltando o ano ruim em que não houve verba para esse fim. Além disso, o MST expressou preocupação com a organização de grupos armados para combater movimentos de camponeses e populações indígenas, citando o ataque a uma comunidade pataxó hã-hã-hãe por um grupo autointitulado Invasão Zero. Apesar da violência, o MST reafirmou sua intenção de continuar com as ocupações de terras e as manifestações como forma de luta.
Ceres Hadich, da direção nacional do MST, ressaltou a importância da divulgação da produção das famílias assentadas pela reforma agrária para dialogar com a sociedade brasileira. Ela destacou que a venda direta dos produtos nas feiras e lojas do movimento, assim como as doações realizadas pelos produtores, ajudam a sociedade a compreender o papel do MST.
Em resumo, o MST defende que a reforma agrária é essencial para combater a pobreza no Brasil e continuarão a lutar por esse objetivo, mesmo diante de desafios e violência. O movimento busca uma maior conscientização e apoio da sociedade para suas causas.