Ao longo da semana, os dirigentes do MST se reuniram na Escola Nacional Florestan Fernandes, localizada em Guararema, na Grande São Paulo, para comemorar os 40 anos de fundação do movimento e discutir os desafios enfrentados. Durante uma entrevista coletiva, os representantes dos sem-terra expressaram insatisfação com a falta de avanços na redistribuição de terras durante o primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar das dificuldades, o ministro afirmou estar preparado para superar os obstáculos e conduzir um programa que garanta terras para as famílias camponesas, enfatizando que o processo de reforma agrária será abordado de forma abrangente. Além disso, Teixeira prometeu enfrentar a violência no campo, destacando a importância de mapear os conflitos e denunciar qualquer tipo de ação violenta contra movimentos indígenas, quilombolas e pela reforma agrária.
O ataque sofrido por uma comunidade pataxó hã-hã-hãe no sul da Bahia, que resultou na morte de uma mulher, foi mencionado como exemplo da violência no campo, sendo atribuído a um grupo autointitulado “Invasão Zero”. Nesse contexto, a atuação dos ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, do Trabalho e Emprego, e da Secretaria de Governo do Brasil também foi destacada.
Neste sentido, o encontro proporcionou espaço para discussões e planos de ação em um momento crucial para a reforma agrária e para a luta contra conflitos no campo. Com a manifestação do Ministro Paulo Teixeira e a participação de diversos representantes, o evento sinaliza um compromisso renovado e uma postura de enfrentamento diante dos obstáculos em prol dos trabalhadores rurais e dos movimentos sociais ligados à questão agrária.