Para Edivaldo da Silva Santos, morador do bairro Vila Sahy, que foi o mais atingido na tragédia do ano passado, o barulho da sirene trouxe lembranças ruins e o medo de reviver a tragédia. Segundo Santos, “passa um filme de terror na cabeça. Quando eu ouvi o barulho da sirene, pensei que poderia ocorrer tudo de novo. Mas graças a Deus nada aconteceu”. Santos teve que ser transferido para outra residência após a tragédia, devido aos riscos de desmoronamento de sua casa.
A chuva não deu trégua na tarde seguinte, continuando com intensidade, e a sirene de evacuação foi acionada mais uma vez. Essa foi a primeira vez que a sirene foi acionada após sua instalação na Vila Sahy, em dezembro passado. A Defesa Civil informou sobre o risco de deslizamentos na área e orientou os moradores a se deslocarem para locais seguros.
Maria Eliana Santos Araújo, moradora do local há 17 anos, afirmou que a sirene proporcionou mais segurança e orientação para os moradores. O acionamento da sirene foi determinado de forma preventiva pela Prefeitura de São Sebastião, que abriu a Escola Municipal Henrique Tavares de Jesus como ponto de abrigo para a comunidade do Sahy.
Segundo a prefeitura, 13 famílias, totalizando 42 pessoas, foram abrigadas em escolas municipais devido às fortes chuvas. A equipe do Fundo Social montou dormitórios com colchões, lençóis, mantas, travesseiros e kits de higiene pessoal para atender as necessidades das famílias desabrigadas.
A tragédia de São Sebastião em 2023 é um lembrete da importância da prevenção e do suporte às comunidades afetadas por desastres naturais, demonstrando a necessidade de planejamento e ação rápida das autoridades para garantir a segurança e atender às necessidades dos cidadãos em momentos de crise.