Durante o encontro, o senador Rogério Marinho (PL-RN) contestou a medida de busca realizada contra Jordy, que ocupa o posto de líder da oposição na Câmara dos Deputados. Além de Marinho, estiveram presentes os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Márcio Bittar (União-AC).
Marinho afirmou que “a busca e apreensão que foi feita contra o deputado Carlos Jordy não foi contra o deputado, foi contra o líder da oposição na Câmara. Nós esperamos que isso não seja um padrão e não haja banalização dessa situação. Nós não acreditamos que ninguém está acima da lei. Todo mundo pode e deve ser investigado se houver algum indício. Nós estamos discutindo a forma. A Constituição precisa ser cumprida”.
Durante a reunião, os senadores também defenderam a saída de Alexandre de Moraes da relatoria dos processos originados das investigações do 8 de janeiro. Rogério Marinho citou que Moraes concedeu uma entrevista na qual afirmou que um dos objetivos dos atos era enforcá-lo em praça pública. “Acreditamos que ele deveria abrir mão de conduzir o processo, até para que haja isenção e não haja nulidade”, concluiu.
Após ser alvo das buscas da PF, Carlos Jordy negou qualquer envolvimento nos eventos do 8 de janeiro, afirmando que “não tem nada que possa me incriminar em relação ao 8 de janeiro. Vocês nunca vão encontrar nenhuma mensagem”. O deputado também utilizou as redes sociais para expressar sua opinião, chamando a busca contra ele de “medida autoritária e sem fundamento, que visa a perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.
O encontro dos senadores com o presidente do STF demonstra a preocupação e descontentamento da oposição diante das ações e declarações de Moraes, assim como a busca da defesa da Constituição e dos princípios democráticos. A situação permanece como um ponto de tensão política e jurídica, suscitando debates sobre os limites do poder judiciário e os direitos dos parlamentares.