O terremoto foi detectado pela RSBR (Rede Sismográfica Brasileira) às 18h31 e, apesar da intensidade, não houve registros de danos. Até então, o tremor mais forte ocorrido no país havia sido de 6,2 graus em 1955, na região da Serra do Tombador, no estado do Mato Grosso.
A RSBR informou que a magnitude exata, o epicentro e a profundidade do terremoto poderão ser revisados nas próximas horas à medida que os sismólogos refinarem seus cálculos. O Serviço Geológico dos Estados Unidos detectou o mesmo tremor, porém com intensidade maior, de 6,6 graus.
De acordo com o professor George Sand, do Centro de Sismologia da USP, as diferenças entre as medidas dos terremotos são comuns devido ao número de equipamentos que acompanham os tremores. Sand explicou que a ausência de danos no Acre se deve a profundidade em que o terremoto ocorreu, a 628 km de profundidade. A região é conhecida pela ocorrência de sismos profundos devido ao encontro entre duas placas tectônicas, a Sul-Americana e a Nazca.
O professor destacou que geralmente ninguém nota esse tipo de terremoto e que são os centros de acompanhamento de tremores que os identificam e informam à população. Além disso, a RSBR ressaltou que a força dos terremotos na região pode ser atenuada pela profundidade em que ocorrem.
O terremoto em Tarauacá chamou a atenção por sua intensidade e colocou em evidência a importância do monitoramento e estudo sísmico no país. As instituições de pesquisa e monitoramento continuam atentas aos desdobramentos e possíveis impactos desse ocorrido, mantendo a população informada e segura. A compreensão desses fenômenos naturais se mostra essencial para a prevenção de danos e adoção de medidas de segurança adequadas.