Prefeitura de Guarujá apreende caixas de som e tendas em praias lotadas para combater poluição sonora e excesso de estruturas

A Praia de Guarujá é um dos destinos mais populares para os turistas que frequentam o litoral de São Paulo. No entanto, nos últimos tempos, o local tem sido palco de uma disputa sonora que vem incomodando os banhistas e moradores locais. A proibição de som alto na faixa de areia, prevista em lei desde 1998, era tratada com complacência até pouco tempo atrás. No entanto, a explosão das reclamações de banhistas incomodados com a cacofonia de músicas à beira-mar exigiu medidas mais drásticas por parte das autoridades municipais.

A gestão municipal contabilizou uma média de 20 chamadas por hora à central telefônica nos dias de praias cheias no ano passado, resultando em uma série de ações rigorosas. Panfletos com informações sobre as apreensões foram distribuídos nas praias semanas antes do início da fiscalização, no dia 8 de janeiro. Desde então, equipes de fiscais acompanhados por policiais militares e guardas-civis percorrem a faixa de areia em busca de equipamentos ligados debaixo de guarda-sóis e barracas.

Quando abordados, os banhistas são orientados a desligar a música e guardar a caixa de som. Caso resistam, são encaminhados para a delegacia. Caixas de som grandes, com amplificadores, são levadas mesmo desligadas. Para recuperar o equipamento apreendido, o dono tem até 15 dias para procurar o Protocolo Geral da prefeitura e pagar multa de R$ 100 por dia em que o eletrônico ficar retido em um galpão municipal.

A medida tem gerado opiniões divididas entre os frequentadores da praia. Alguns apoiam a iniciativa, afirmando que o som alto é insuportável e gera poluição sonora. Enquanto isso, outros questionam a eficácia da fiscalização e alegam que a falta de informações sobre as proibições contribui para o desconforto dos banhistas.

Apesar dos protestos de quem é obrigado a desligar a música, há mais manifestações favoráveis à iniciativa do que contrárias. A reportagem presenciou ao menos duas abordagens elogiosas durante a ação da última quinta na praia de Pitangueiras. “Pelo amor de Deus, caixinha de som na praia é insuportável”, disse a professora Lucilene Fonseca, 62, que estava com a família ao lado de um grupo orientado a desligar o aparelho. “A falta de educação incomoda”, acrescentou.

Segundo a prefeitura, em quatro dias, entre sábado (13) e terça-feira (16), foram apreendidas dez caixas de som e orientados 484 banhistas que estavam com o aparelho ligado a respeito da proibição. Outros 38 equipamentos foram desligados e guardados pelos donos a pedido dos fiscais. Apesar das divergências, a medida visa garantir a tranquilidade e o bem-estar de todos que frequentam a praia de Guarujá. A gestão municipal está atuando para promover um ambiente mais harmonioso e livre de incômodos sonoros, garantindo assim a preservação da qualidade de vida dos moradores locais e a satisfação dos turistas que escolhem a cidade como destino.

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