Segundo as autoridades, os falsificadores trocavam os rótulos e tampinhas de marcas de qualidade inferior por outras de marcas conceituadas, oferecendo os produtos a comerciantes por valores abaixo do mercado. A investigação teve início após vendedores do Bom Retiro, no centro da cidade, relatarem suspeitas sobre a carga de um caminhão que transportava as bebidas. O valor cobrado pelos transportadores levantou a suspeita de que a mercadoria pudesse ser roubada.
A polícia passou a monitorar o caminhão e acabou encontrando um galpão em funcionamento 24 horas localizado na zona sul. Durante a vigilância, os agentes observaram homens lavando e fechando garrafas de cerveja com uma prensa, o que motivou a ação policial. Ao perceberem a presença dos policiais, os suspeitos tentaram fugir, mas foram impedidos e abordados.
Dentro do galpão, os policiais encontraram uma grande quantidade de pessoas e equipamentos utilizados na falsificação das garrafas, incluindo prensas, cola e apetrechos para a colocação das tampas. As autoridades também descobriram que havia apenas um único tipo de cerveja, mas com rótulos e tampinhas de marcas famosas do mercado. No total, foram apreendidas 683 caixas com 24 espaçamentos contendo garrafas cheias.
Os suspeitos foram levados ao 2° DP (Bom Retiro), onde o caso foi registrado como associação criminosa e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais. A operação da Polícia Civil resultou na desarticulação de uma organização criminosa que colocava em risco a saúde dos consumidores e prejudicava a indústria de bebidas, alertando para a importância do combate à falsificação e adulteração de produtos.