De acordo com Pedro Assumpção Alves, assessor do Gabinete da Secretaria de Gestão de Pessoas, as pessoas poderão perceber que aquilo que estavam estudando não será perdido. “Olhando para os conteúdos, as pessoas vão conseguir enxergar que aquilo que elas estavam estudando, para os blocos que elas querem, não se perdeu. Não mudamos drasticamente o que é pedido nas provas. Apenas demos foco a coisas específicas para os diferentes perfis”, afirmou.
O tão aguardado “Enem dos Concursos” reunirá 70% das vagas autorizadas para os órgãos federais, totalizando 6.640 postos, com salários que podem chegar a R$ 23 mil. Serão oito provas diferentes, de acordo com o bloco temático, realizadas simultaneamente em 220 cidades no dia 5 de maio.
Além disso, o ministério reconhece que a forma de seleção dos futuros servidores sofrerá mudanças. Segundo o assessor do MGI, “as pessoas que já estavam estudando (para concurso), estavam focadas em alguma coisa específica, eu imagino. Tinham uma aspiração de onde queriam estar. Não era algo generalista. Então esse lugar, que ela se imagina, pode ter vagas dentro do concurso unificado, seja em um bloco específico ou em diferentes blocos”.
Entretanto, o candidato só poderá se inscrever para cargos num mesmo bloco temático, já que as provas acontecerão concomitantemente. As inscrições terão início nesta sexta-feira, 19, e se estenderão até 9 de fevereiro, com a necessidade de ranquear as posições desejadas no momento da inscrição.
A iniciativa do Ministério da Gestão, comandado por Esther Dweck, visa democratizar o acesso às carreiras públicas e melhorar a qualidade do serviço. Isso ocorre em meio a pressões do Congresso Nacional por uma reforma administrativa ampla, o que coloca em questão a PEC 32 elaborada pela gestão anterior. Para Dweck, a reformulação da administração pública não depende de uma PEC e poderia ser feita de forma “fatiada”, por meio de projetos de lei ou medidas que não passem pelo Legislativo, como é o caso do concurso unificado. O principal foco, segundo ela, deve ser a qualidade da administração, e não a economia de recursos.