Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro de 2024 fechou em alta de 0,75%, a US$ 2.021,60 por onça-troy. A CMC Markets destacou o modesto recuo dos rendimentos da ponta curta dos Treasuries como um fator que pode ter impulsionado o metal precioso, juntamente com o aumento da tensão no Oriente Médio, que atraiu novos compradores em busca de portos seguros no mercado.
Porém, Craig Erlam, analista da Oanda, avalia que caso o metal caia abaixo de US$ 2 mil por onça-troy, poderá ser um golpe psicológico significativo. A tendência e o impulso não parecem favoráveis no momento, de acordo com o analista. Em contrapartida, o City Index avalia que a perspectiva para o ouro permanece “otimista” no longo prazo, enquanto a direção no curto prazo ainda não está clara.
A correção do ouro após uma queda de dois dias é atribuída aos acontecimentos no Oriente Médio, que geraram incertezas e estimularam a procura por ativos considerados mais seguros. A redução dos rendimentos da ponta curta dos Treasuries também contribuiu para o impulso do metal precioso.
Os desafios geopolíticos e as perspectivas econômicas globais continuam a influenciar diretamente o mercado do ouro, e a expectativa é que a volatilidade continue a marcar a negociação desse ativo nos próximos dias.
Em resumo, a alta do ouro na sessão de hoje foi impulsionada pelos conflitos no Oriente Médio e pela redução dos rendimentos da ponta curta dos Treasuries, mas há incertezas em relação ao curto prazo, com o metal precisando se manter acima da marca de US$ 2 mil por onça-troy para evitar um impacto psicológico significativo. No longo prazo, a perspectiva para o ouro é avaliada de forma mais otimista, ainda que as variáveis geopolíticas e econômicas continuem a ser determinantes para o seu desempenho.