Durante a operação, a PF apreendeu coletes, munições, armas, rádios e cadernos dos garimpeiros, além de inutilizar aparelhos usados para a extração ilegal de minérios. Segundo informações da corporação, as ações de combate ao garimpo na Terra Yanomami não possuem uma data de término estabelecida.
A ofensiva faz parte da continuação da Operação Libertação, iniciada no ano passado com o objetivo de retirar garimpeiros das comunidades Yanomami. O governo federal declarou emergência sanitária na região quase um ano atrás, devido à crise de saúde que afeta os Yanomami, e que está diretamente ligada ao garimpo ilegal e à contaminação das águas da reserva com mercúrio.
Para combater essa situação, o Palácio do Planalto anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão para ações no território em 2024, incluindo um plano de atuação permanente de órgãos federais na região, a construção de uma unidade de saúde e postos de segurança permanentes. Além disso, a Justiça Federal em Roraima atendeu um pedido do Ministério Público Federal e ordenou a elaboração de um novo cronograma de ações contra o garimpo ilegal nas terras ocupadas pelos Yanomami, com a participação de diversas entidades governamentais.
A Procuradoria relatou o retorno de garimpeiros à Terra Yanomami, incluindo relatos de aliciamento e prostituição, ao protocolar a solicitação na Justiça. Diante desse cenário, a Polícia Federal continua suas ofensivas na busca por criminosos que insistem em permanecer na reserva, mesmo após as ações realizadas ao longo do ano passado. A operação visa não apenas expulsar os invasores, mas também prevenir futuros episódios de garimpo ilegal na região.