Comerciantes do Centro Histórico de São Paulo aguardam resultado de sistema de monitoramento por câmeras para reabrir estabelecimentos.

Após a promessa da gestão Ricardo Nunes, os comerciantes do centro histórico de São Paulo aguardam ansiosos a plena funcionalidade do sistema de monitoramento por câmeras com reconhecimento facial. A expectativa é que a reabertura de aproximadamente 100 estabelecimentos, como lojas, cafés e bares, possa ocorrer assim que o sistema esteja operante na região.

Nesta quarta-feira (17), empresários do chamado triângulo histórico acompanharam uma apresentação de setores da prefeitura envolvidos no projeto de requalificação da região, que inclui incentivos financeiros do município para reformas de edifícios e atividades econômicas. O secretário-adjunto de Segurança Urbana, Alcides Fagotti Junior, afirmou que a prefeitura pretende entregar em 16 de fevereiro a central de monitoramento do Smart Sampa, que funcionará no Palácio dos Correios, no vale do Anhangabaú.

A sensação de insegurança da população em relação ao centro histórico tem sido uma preocupação crescente, especialmente durante a pandemia. A percepção de que a quantidade de pessoas em situação de rua aumentou, juntamente com a dispersão de dependentes químicos após ações do estado e município na tentativa de acabar com a cracolândia, contribuíram para a sensação de insegurança.

Com a instalação da central de monitoramento, os comerciantes que fecharam suas portas durante a crise demonstram interesse em retomar suas atividades, conforme relatado por Roberto Ordine, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Há também a expectativa da volta de grandes redes varejistas para os calçadões da região, como a rua Direita.

O projeto de requalificação da região também prevê a conclusão da reforma dos calçadões do triângulo histórico até o final do ano, com um custo inicial estimado em R$ 63 milhões. Além disso, melhorias na iluminação, sistema de drenagem e instalação de totens eletrônicos com informações turísticas estão planejadas para realçar a beleza e a segurança do centro histórico de São Paulo.

Se o cronograma estabelecido for cumprido, a cidade contará com 5.000 câmeras espalhadas por toda a região, tornando-se um desafio à frente das autoridades municipais. No entanto, este projeto que custará R$ 9,8 milhões por mês aos cofres municipais quando estiver em pleno funcionamento tem o potencial de reviver a região central de São Paulo e trazer um novo fôlego para o comércio local.

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